Investigação

Preso mentor e autor de dois homicídios no noroeste gaúcho

Lizie Antonello

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O mentor de dois dos crimes mais violentos e com requintes de crueldade dos últimos meses no noroeste gaúcho foi preso preventivamente neste domingo em Lajeado, no Vale do Taquari. Adelar Duarte, 46 anos, é suspeito de planejar, torturar e assassinar a ex-companheira dele, Cláudia Cristina de Jesus, 43, e o namorado dela, o mestre de obras Angelin Della Flora, 57. Os crimes ocorreram em dezembro do ano passado em Cruz Alta e Ijuí, respectivamente.

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Duarte tinha dois mandados de prisão preventiva expedidos contra ele pela Justiça (um para cada caso) e estava foragido desde a época dos crimes. Segundo a Polícia Civil, nesse período, ele teria passado pelo oeste catarinense e por Passo Fundo e foi localizado na casa da filha dele em Lajeado, onde teria chegado no último sábado.

Os delegados Rafael dos Santos, da 2ª Delegacia de Polícia (DP) de Cruz Alta, e Maurício Posselt, da 1ª DP de Ijuí, responsáveis pelas investigações — cada crime foi apurado em sua cidade de origem  —, vão pedir à Justiça que encaminhe Duarte para Cruz Alta, onde tramita o processo, para que ele seja interrogado. Ambos os delegados dizem que as circunstâncias dos crimes já foram esclarecidas, mas o suspeito pode indicar se houve a participação de mais alguma pessoa.

À época dos crimes, três homens foram presos suspeitos de terem ajudado no assassinato do mestre de obras. Uma quinta pessoa ainda permanece foragida.

Os três envolvidos e Duarte foram indiciados pela Polícia Civil em Ijuí pelos crimes de cárcere privado, tortura, homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa pela morte de Angelin. Duarte ainda foi indiciado por receptação porque o carro usado para cometer o crime era roubado.

O Ministério Público de Cruz Alta denunciou, em 3 de março deste ano, os quatro suspeitos pelos crimes de lesão corporal, sequestro, homicídio qualificado (por motivo torpe, motivo fútil, emprego de meio cruel e por dificultar a defesa da vítima), ocultação de cadáver, associação criminosa e tortura. Duarte foi denunciado ainda por receptação.

Duarte também foi indiciado, em abril deste ano, pela Polícia Civil em Cruz Alta por tortura e homicídio qualificado (por asfixia) pela morte de Cláudia. Esse inquérito ainda está em análise no MP, que pediu mais informações sobre o laudo de necropsia de Cláudia.

Os crimes

Os inquéritos policiais apuraram que, mesmo estando (em tese) em prisão domiciliar em Giruá, também no noroeste do Estado, Adelar Duarte foi a Cruz Alta, na casa da ex-companheira, onde a torturou e a matou. O corpo foi encontrado em 10 de dezembro de 2014, dentro da residência. O motivo seria uma suposta traição.

Depois disso, Duarte teria ido para Ijuí e teria passado a monitorar Angelin. Ele teria planejado a morte da vítima e contratado pelo menos quatro pessoas para ajudá-lo. O grupo teria sequestrado Angelin em Ijuí, no dia 15 de dezembro de 2014, e levado para Cruz Alta, onde foi amarrado em uma árvore, torturado e morto. O corpo da vítima foi encontrado quatro dias depois, no lago da bar"

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